por Cláudia S.
Fernão Lopes foi um cronista-historiador do século XIV, que terá nascido em Lisboa entre 1380 e 1390, data início de uma das épocas mais importantes da história de Portugal que conduziria à crise de 1383-1385 e terá falecido em 1460. Escrivão de D. João I, foi nomeado guarda-mor das escrituras da Torre do Tombo, cargo que desempenhou também nos reinados seguintes de D. Duarte, D. Pedro e de D. Afonso V. Os documentos mais antigos, onde consta a sua assinatura, datam de 1418. Em 1419 o Infante D. Duarte incumbe-lhe a tarefa de pôr em livro a história dos sete primeiros reis de Portugal. No prólogo da crónica dedicada a D. Pedro I podemos compreender o seu pensamento sobre o poder temporal, revelando preocupações com o exercício da justiça: "estabelecido por serem os maus castigados e os bons viverem em paz".
Fernão Lopes foi um cronista-historiador do século XIV, que terá nascido em Lisboa entre 1380 e 1390, data início de uma das épocas mais importantes da história de Portugal que conduziria à crise de 1383-1385 e terá falecido em 1460. Escrivão de D. João I, foi nomeado guarda-mor das escrituras da Torre do Tombo, cargo que desempenhou também nos reinados seguintes de D. Duarte, D. Pedro e de D. Afonso V. Os documentos mais antigos, onde consta a sua assinatura, datam de 1418. Em 1419 o Infante D. Duarte incumbe-lhe a tarefa de pôr em livro a história dos sete primeiros reis de Portugal. No prólogo da crónica dedicada a D. Pedro I podemos compreender o seu pensamento sobre o poder temporal, revelando preocupações com o exercício da justiça: "estabelecido por serem os maus castigados e os bons viverem em paz".
A sua principal obra foi a crónica de D. João
I, onde o cronista descreve com grande vivacidade e fervor as movimentações do
povo em defesa de Lisboa, na altura do cerco por parte dos Castelhanos. Na
crónica de D. João I podemos perceber a tese da soberania inicial do
povo, que expressa o direito que lhe assiste de avocar a soberania, uma vez
quebrada a linha de sucessão direta, como veio a suceder com a morte do rei D.
Fernando e com a eleição do mestre de Avis.
As suas crónicas, para além de constituírem documentos autênticos sobre factos históricos, revelam um trabalho linguístico que foi determinante no desenvolvimento da Língua Portuguesa, em termos lexicais, sintáticos e semânticos. Graças à pena de Fernão Lopes, o Português escrito pode evoluir, encontrar novas formas de dizer por escrito que enriqueceram e contribuíram para a consolidação de uma gramática da Língua Portuguesa.
Os seus méritos no
desempenho do cargo de Guarda-Mor da Torre do Tombo mereceram o reconhecimento de
D. Duarte que o distinguiu com uma tença de 14.000 réis anuais e carta de
nobreza. É já em idade avançada que é substituído por Gomes Eanes de Zurara no
cargo que o ligou para sempre aos construtores da Língua Portuguesa e à Torre
do Tombo.
E da sua história de vida retiramos, pelo menos, um ensinamento:
Para
progredirmos, só temos dois caminhos: ou o esforço, ou o esforço.
Fonte: http://coloquio.gulbenkian.pt/bib/sirius.exe/do?bibrecord&id=PT.FCG.RCL.ILU.3781.2 |
Fontes de consulta:
http://www.vidaslusofonas.pt/fernao_lopes.htm, 20.01.2014
http://cvc.instituto-camoes.pt/filosofia/m8.html, 201.01.2014
Nota: imagens retiradas da net
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