por Cláudia Simões
D. Dinis já nos mereceu um post com um conto da autoria da Joana Felício, no entanto, o carisma deste rei merece que o destaquemos nesta rubrica que criámos, para lembrar personalidades da nossa cultura que tiveram um contributo relevante para o desenvolvimento da Língua Portuguesa.
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D. Dinis (1261-1325) é uma figura ímpar na História de Portugal. Com o cognome de O Lavrador, foi o sexto rei na lista dos reis de Portugal que se destacou não apenas porque foi rei, mas pela sua ação empenhada no desenvolvimento de país, numa altura em que muito havia ainda a fazer para consolidar a nacionalidade portuguesa. Num tempo em que a Língua dominante era o Galego-português, D. Dinis instituiu a Língua Portuguesa como Língua oficial da corte e criou, em 1290, a primeira Universidade em Portugal, reconhecida como uma das mais antigas do mundo, a Universidade de Coimbra.
O gosto pela cultura fez também de D. Dinis um poeta exímio na arte de trovar, tendo legado como herança ao seu povo um valor inestimável em poesia que se encontra hoje guardada nos célebres Cancioneiros. Sem D. Dinis, a Literatura Portuguesa seria bem mais pobre e a arte de trovar não seria a mesma, ainda que sejam muitos os autores de poesia Galego-portuguesa de origem portuguesa. Mas D. Dinis era um rei que teria uma visão do mundo que ia muito para além dos salões do seu palácio. Amante da Natureza, cantou o amor nas várias tonalidades, em versos de amor e de amigo, num diálogo ritmado pelos apelos da Natureza. Na época, D. Dinis teria oportunidade de apreciar belíssimas paisagens naturais, uma vez que as autoestradas, as cidades, os outlet e as fábricas ainda não haviam destruído a floresta e a fauna no território português. Por outro lado, valorizou o conhecimento ao inaugurar a primeira Universidade, com os Estudos Gerais.
Mas a ação deste rei não ficou por aqui. Visionário e de espírito empreendedor, ficou também célebre por ter mandado plantar o pinhal de Leiria, com a finalidade de proteger as dunas e de impedir a destruição de terrenos agrícolas. Os benefícios da plantação deste pinhal projetaram-se ao longo dos tempos, contribuindo para que Leiria crescesse em indústrias (naval, metalúrgica, vidreira, construção civil). Nos séculos XIV, XV e XVI o pinhal de Leiria forneceu a madeira necessária à construção das caravelas que permitiram a Portugal o pioneirismo na aventura marítima. Talvez já com uma antevisão do futuro, fundou a Marinha Portuguesa e mandou construir várias docas.
O gosto pela cultura fez também de D. Dinis um poeta exímio na arte de trovar, tendo legado como herança ao seu povo um valor inestimável em poesia que se encontra hoje guardada nos célebres Cancioneiros. Sem D. Dinis, a Literatura Portuguesa seria bem mais pobre e a arte de trovar não seria a mesma, ainda que sejam muitos os autores de poesia Galego-portuguesa de origem portuguesa. Mas D. Dinis era um rei que teria uma visão do mundo que ia muito para além dos salões do seu palácio. Amante da Natureza, cantou o amor nas várias tonalidades, em versos de amor e de amigo, num diálogo ritmado pelos apelos da Natureza. Na época, D. Dinis teria oportunidade de apreciar belíssimas paisagens naturais, uma vez que as autoestradas, as cidades, os outlet e as fábricas ainda não haviam destruído a floresta e a fauna no território português. Por outro lado, valorizou o conhecimento ao inaugurar a primeira Universidade, com os Estudos Gerais.
Mas a ação deste rei não ficou por aqui. Visionário e de espírito empreendedor, ficou também célebre por ter mandado plantar o pinhal de Leiria, com a finalidade de proteger as dunas e de impedir a destruição de terrenos agrícolas. Os benefícios da plantação deste pinhal projetaram-se ao longo dos tempos, contribuindo para que Leiria crescesse em indústrias (naval, metalúrgica, vidreira, construção civil). Nos séculos XIV, XV e XVI o pinhal de Leiria forneceu a madeira necessária à construção das caravelas que permitiram a Portugal o pioneirismo na aventura marítima. Talvez já com uma antevisão do futuro, fundou a Marinha Portuguesa e mandou construir várias docas.
A sua ação expandiu-se ainda no fomento de medidas político-económicas e militares que contribuíram para fortalecer Portugal aos olhos do mundo. Libertou as Ordens Militares de influências estrangeiras e ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e incentivou a exportação de produtos.
D. Dinis, rei de Portugal e dos Algarves, o homem que casou com a rainha que, na boca do povo, ficou conhecida como santa, a rainha Santa Isabel que nos deu também o Milagre das Rosas! Fernando Pessoa, na sua obra Mensagem, viu em D. Dinis o poeta visionário, empreendedor de futuros, no poema que transcrevemos em cima, e Luís de Camões destacou também este grande rei pela sua ação de valorização da pátria, nos planos político e cultural.
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Eis depois vem Dinis, que bem parece
Do bravo Afonso estirpe nobre e dina, Com quem a fama grande se escurece Da liberalidade Alexandrina. Com este o Reino próspero floresce (Alcançada já a paz áurea divina) Em constituições, leis e costumes, Na terra já tranquila claros lumes. 97 Fez primeiro em Coimbra exercitar-se O valeroso ofício de Minerva; E de Helicona as Musas fez passar-se A pisar do Monde-o a fértil erva. Quanto pode de Atenas desejar-se, Tudo o soberbo Apolo aqui reserva. Aqui as capelas dá tecidas de ouro, Do bácaro e do sempre verde louro. 98 Nobres vilas de novo edificou Fortalezas, castelos mui seguros, E quase o Reino todo reformou Com edifícios grandes, e altos muros. Mas depois que a dura Átropos cortou O fio de seus dias já maduros, Ficou-lhe o filho pouco obediente, Quarto Afonso, mas forte e excelente.
Os Lusíadas. canto III. Luís Vaz de Camões
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Cantiga de amigo interpretada por José Mário Branco, da autoria de D. Dinis,
Levantou-s'a velida:
Fontes de consulta:
http://cantigas.fcsh.unl.pt/sobreascantigas.asp, 12.01.2014
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinis_I_de_Portugal, 12.01.2014
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